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O Livro Vermelho

O primeiro Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental é uma obra há muito aguardada e fundamental para a conservação da biodiversidade do nosso país. Reúne os resultados da avaliação do risco de extinção de 863 espécies de invertebrados terrestres e dulçaquícolas, uma pequena fração da rica biodiversidade nacional conhecida, que é superior a 15.000 espécies. As espécies avaliadas pertencem a vários grupos taxonómicos, tais como gastrópodes, bivalves, aranhas, crustáceos e insetos, e incluem um número assinalável de endemismos lusitânicos e ibéricos. Cerca de 200 espécies foram classificadas como ameaçadas e esta obra dá a conhecer a sua ecologia, distribuição em Portugal continental e tendências populacionais, a par da identificação das principais ameaças às suas populações e das medidas necessárias à sua conservação.

O trabalho aqui apresentado resulta da colaboração de mais de 360 pessoas e de dezenas de instituições e pretende-se que venha a constituir uma referência no apoio à tomada de decisão em assuntos relacionados com a conservação da natureza e a gestão do território, mas também como instrumento educativo e de sensibilização para a conservação da biodiversidade.

O Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal continental pode ser descarregado aqui

A lista de espécies avaliadas

A avaliação incidiu sobre um conjunto de espécies previamente selecionado, por ser inviável fazê-lo para todas as espécies de invertebrados de Portugal. Numa primeira fase, efetuou-se a seleção dos grupos para avaliação do risco de extinção tendo em consideração a informação fornecida pelos especialistas taxonómicos a realizar trabalho ativo nessa área do conhecimento. A seleção das espécies dentro de cada grupo de invertebrados procurou incluir os endemismos de Portugal continental e da Península Ibérica, as espécies com um reduzido número de registos de ocorrência no nosso país e aquelas que se suspeitava estarem ameaçadas ou que os seus habitats se encontram em regressão. Foram ainda incluídas no processo de avaliação as espécies de invertebrados terrestres e dulçaquícolas listadas na Diretiva Habitats.

Ao elenco inicial de espécies a avaliar (707) foram adicionadas algumas espécies que se suspeitou estarem em declínio e para as quais se obteve informação suficiente para a sua avaliação durante o desenvolvimento do projeto, e foram eliminadas espécies cuja ocorrência em Portugal se mostrou duvidosa ou para as quais ocorreram alterações taxonómicas importantes. Desta forma, o número de espécies avaliadas no âmbito do projeto foi de 863, sendo 22 crustáceos, 79 gastrópodes, 10 bivalves, 43 aracnídeos e 709 insetos.

A lista de espécies avaliadas e o resultado do processo de avaliação podem ser consultados aqui

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